sexta-feira, julho 22, 2005

vi: Criminalidade em Sobral de Monte Agraço.

Zé Tó abandonou para sempre o seu amigo e caminhou na direcção do Montejunto. Cajó nunca mais foi visto por ninguém. Rumores de que se transformou em artista emergente no panorama da música ligeira circulam abundantemente pelas esquinas de Bagdad. Zé Tó, MariCarmen para os amigos e Marisol para quem frequenta o café em frente à Rodoviária, chorou um pouco. Ele sabia que nunca mais iria ver o seu amigo. Sabia-o porque acabara de ser abalroado por dois meliantes que lhe escarafuncharam os dois olhos com uma Black&Decker. Depois desta verdadeira sessão de tortura, perpetrada ao som de Dai Li Dai Li Dai Li Dou dos Gemini, Zé Tó foi arrastado desde o local onde se encontrava até Sobral de Monte Agraço onde não se pôde deliciar com o parque infantil, que hoje em dia se encontra ao abandono e com um cheiro semelhante ao estúdio do Bueréré em final de programa. Enquanto os meliantes continuavam a torturá-lo Zé Tó conseguiu ouvir um som vindo do ar...Dance...nothing left for me to but dance... Seria nuno da câmara pereira (sim, com minúsculas) a fazer uma versão dos Jamiroquai?!