sábado, fevereiro 10, 2007

xxiv: 10 semanas?! era dar um tiro à mãe e prontos!

Zé Tó encontrava-se numa nave espacial. A nave seguia em direcção ao Cu de Judas a uma velocidade estável e apenas de vez em quando se sentia alguma turbulência. Ao seu lado ia Lídia Jorge que aproveitava para açoitar freneticamente "adeptos" do Não. Havia uma fila tremenda à espera de sofrer sevícias corporais. Laurinda Alves disfarçava-se, tirando o bigode, para poder voltar a entrar na fila. No banco de trás, quatro embriões de dez semanas jogavam canasta e discutiam sketches do Sabadabadu. (não liguem àquilo que os do Sim querem fazer crer. É este o grau de desenvolvimento de um embrião às dez semanas: é uma vida humana, tem vícios, tem mau gosto, tem casa própria e renegou os próprios pais mesmo antes de nascer) Zé Tó alimentava a secreta esperança de entrar no Cu de Judas pela porta grande. A de trás. Mas a viagem, apesar de correr sem percalços até ali, começava a ser incómoda e cansativa. Os embriões faziam muito barulho e Zé Tó começava a querer ir contra a lei (mesmo sabendo que não seria preso). Naquele momento ouviu-se um zumbido forte seguido de uma voz viril: "Olá, sou Solange F e tomei este avião. A rota será alterada. Já não vamos em direcção ao Cu de Judas mas sim em direcção ao Paraíso da Carpete. Vá! Agora tudo a cantar: 'Vem cá tenho sede quero o teu amor de àgua fresca'".

E foi assim que Zé Tó se viu, uma vez mais, agarrado pelo destino em direcção a um dos pontos mais obscuros do Universo: não, não é a Tricana. É a Casa de Lara Li.